quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

quase um ano em um post


... e tanta coisa aconteceu, tantas vezes pensei em registrar aqui histórias de passarinhos, das flores que plantamos em forma de mandala no jardim, do aniversário do pedro com tema do santos, do livro de contos de animais que pedrito autografou na escola, do pé de ata que floriu com vontade e deu frutos doces, do espetáculo em que clarisse se transformou em navegadora dos sete mares, das comidinhas deliciosas na varanda, dos cafés de fim de tarde, dos encontros, do amor imenso que enche a nossa casa...

... da saudade de celsinho quando passou três meses no recife, da surpresa linda que ele fez vindo no dia dos pais, das surpresas que fizemos para esperá-lo em outubro, da tristeza das eleições em nossa terrinha, dos almoços de família, da incrível comilança nas festas de fim de ano, dos nossos dias bonitos na varanda - sentindo o vento no rosto e na dança das redes...

... dos livros e dos discos que passaram na mão, dos sumiços de adélia e cecília pelo jardim, dos filmes em casa com pipoca e sucos incríveis inventados pela santa ana no liquidificador, da chegada do billy the kid - o mimo da fiat que nos seduziu, do pulo que demos em sampa pra aumentar o estoque de biotônico e abraçar amigos amados...

essas lembranças vão chegando fora de ordem, como um redemunho do guimarães, vento passando ligeiro, pombo correio atrasado, só pra dizer que o ano foi bonito, cheio de histórias que escrevemos na alma e que deixei de registrar aqui, conforme pretendia. um ano também  com seu quinhão de dores, testas franzidas, canseira braba de criar e educar duas pessoinhas cheias de opinião enquanto o carteiro só entrega contas, nunca mais cartas ou postais. 

e de todas as notícias e histórias nossas, a que mais se impõe como marco de um fim de período/começar de outro é a boa nova da nossa mangueira que, finalmente, feito mulher pudica que finalmente deixa a saia livre para olhos curiosos, agora exibe os primeiros cachos de frutas para que a chuva dê jeito de amadurecer. de dentro da rede debaixo da sombra dela, falei a clarisse que essa árvore será nossa eterna companheira e que um dia, quando eu já for vovó, vou contar aos netos muitas histórias das primeiras mangas e dos sucos, musses e doces que vamos fazer com elas.

agora, enquanto escrevo aqui da varanda, penso comigo que essa mangueira, testemunha fiel de todos os nossos dias, viverá além de nós e alimentará os novos frutos que virão do nosso sangue, assim como foi no princípio e por muitos e muitos anos, amém!


2 comentários:

  1. Juro que se um dia eu for pra ilha pego seu endereço e pulo no seu quintal pra roubar uma manga pra Carol! Ela adora manga, Dea! =) bjão e saudade de você, querida! Vai parmera!

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  2. olá deinha!!! que lindo!! fiquei tão feliz com tuas palavras...imaginei este quintal delicioso com as redes na varanda...abençoadas as mangas que chegaram! saudades amiga...estou no resgate de tudo que sou, relembrando e percebendo que na essência não mudei e sou dona de mim! pra nós foi um ano de plena mudança este que passou; que a mudança esteja sempre impulsionando a vida verdadeira...
    qualquer hora dessas chego por aí pra trocarmos energias...beijosss!!!

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